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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Atividades sustentáveis

http://www.fibradesign.net/blog/categoria.php?cat=8

Lixo: O Que Fazer Com Ele?

por Luiz Fernando do Valle

A sociedade moderna produz por dia quantidade incalculável de lixo, sem nunca ter definido o que faria com essa montanha de resíduos. Durante anos foi mais cômodo jogar o lixo para debaixo do tapete, servindo para isso qualquer lugar longe dos olhos de quem o produziu.

Poderia ser a periferia mais pobre, ou o município vizinho, ou mesmo países miseráveis com governos corruptos, que aceitam por desconhecimento ou ignorância receber essa bomba-relógio em seu território.

Vários tipos de lixo já se tornaram problemas insolúveis em vários países. Há poucos meses vimos pela televisão a cidade de Nápoles, na Itália, com lixo pelas ruas com a prefeitura sem saber o que fazer, e a população desesperada e revoltada com essa situação absurda.

Produzimos milhões de baterias e pilhas por dia que são extremamente tóxicas e não deveriam ser jogadas nos lixões ou aterros sanitários, pois poluem o meio ambiente com os seus metais pesados. Porém, muitas pessoas continuam a jogar esses objetos na lata de lixo de sua residência, por desconhecimento ou preguiça.

O lixo é o resultado final da utilização de algum bem. Este pode ser dos mais variados tipos de materiais, formatos, tamanhos, utilidades, sólido, líquido ou gasoso, tóxico, inerte, orgânico, inorgânico, etc. Cada um com um grau diferente de problema gerado para o meio ambiente, mas sem dúvida todos são passivos ambientais a serem tratados. Os índices de contaminação em todos os meios, ar, água e solo, são alarmantes e extremamente preocupantes.

Acostumamos-nos a viver cercados por lixos ou sobras do que não usamos que viram lixo também, dentro e fora de nossas residências, e nem percebemos. Se percebemos não nos importamos. Compramos mais do que necessitamos, guardamos o que não terá utilidade, consumimos de forma desenfreada. E para onde vai tudo isso? Para o lixo, é claro.

A humanidade tornou-se uma geradora compulsiva de lixo. Tudo em algum momento vira lixo. Demandamos muita matéria-prima e energia do meio ambiente e devolvemos como lixo de volta para o mesmo meio ambiente. É uma troca injusta e desequilibrada. Em algum momento teremos que pagar essa conta.

Hoje muito se discute sobre as melhores formas de tratar ou eliminar o lixo, seja ele industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear, tecnológico, entre outros que surgem a todo o momento.

Todos esses tipos de lixo são resultado do estilo de vida da sociedade contemporânea. Para alterarmos esse processo será necessário mudar a postura e o comportamento das pessoas, e isso só será possível com conscientização em massa.

Os nossos hábitos estão mais sofisticados, novos equipamentos são desenvolvidos todos os dias para atender as necessidades que não tínhamos, mais e mais somos desafiados a precisar e consumir, e cada novo equipamento recém-lançado inviabiliza o seu antecessor. Estamos gerando um novo tipo de lixo, o tecnológico, próprio de sociedades ricas e altamente consumistas.

As indústrias estão sendo responsabilizadas e chamadas a ajudar a resolver esse imbróglio criado por elas mesmas. A ganância por faturar mais as tem levado a produzir e vender o desnecessário e supérfluo, que não deveria fazer parte de nossas vidas.

A solução para esse problema está longe de ser alcançada. Ela passará por decisões difíceis e contrariará interesses de grandes conglomerados, poderosos e com lobbys fortes e atuantes, mas não temos muito mais tempo.

Corremos o risco de assistir, no mundo real, a história do filme da Disney, que narra a epopéia do robozinho WALL.E, deixado na Terra juntamente com outras máquinas para limpar a lambança feita pelos homens civilizados. O que se passou com essas pessoas e a situação em que encontraram suas casas no retorno à Terra podem ser um prenúncio de nosso futuro.

Sem solucionar o problema do lixo jamais construiremos uma civilização sustentável.

http://www.blograizes.com.br/lixo-o-que-fazer-com-ele.html

Reflexões sobre sustentabilidade

Vivemos em um mundo onde a forma tem um papel importante como construtora de imagem e como percepção de modernidade e qualidade. Bonito, prático, funcional, moderno, durável e útil são algumas características inerentes à nossa aceitação ou não de determinados produtos.

O termo design sustentável surgiu recentemente com o propósito de trazer um novo conceito que incluísse os significados das duas palavras. O termo design significa o ato de projetar, desenvolver ou criar, buscando sempre a evolução do que já existe. Já a palavra sustentável, no novo conceito aplicado a ela, é fazer algo considerando os seus três aspectos: economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto - O Triângulo da Sustentabilidade.

Produtos concebidos dentro da visão do design sustentável devem respeitar a preocupação com o meio ambiente, diminuindo, assim, os problemas da extração da matéria-prima e da energia necessária para sua fabricação. Esses produtos também devem ser acessíveis economicamente ao maior número de pessoas possível. Tratar os aspectos sociais de forma mais ampla. Por último, têm também que cumprir uma função fundamental e básica: trazer o bem-estar e a satisfação a quem os utiliza.

O conceito dos 3R(erres) (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) deve estar presente nos produtos desenvolvidos dentro da visão do design sustentável. Esses produtos, quando na sua fase de concepção, devem ser elaborados já para possíveis reutilizações para sua função principal. Com uma maior durabilidade que evite baixa utilização e uso de materiais que permitam a reciclagem.

O design sustentável projeta no presente com olhos no futuro. Essa afirmação procura colocar os dois tempos, presente e futuro, existindo simultaneamente, pois as necessidades que geraram a sua fabricação devem considerar todos os aspectos envolvidos e seus impactos no agora e no depois.

As fases do ciclo de vida de um produto são a extração das matérias-primas, a produção com seu consumo de energia, a distribuição até o consumidor final, a sua utilização e, por fim, o seu destino final. O principal objetivo do design sustentável é reduzir ao máximo o impacto ambiental desse produto em todas as suas fases.

http://www.blograizes.com.br/design-sustentavel.html

Terra Respirando

http://www.breathingearth.net/
24/02/2010 - 08h40

Para futurólogo, redes sociais terão mais receita que "velha mídia"

MARINA LANG
da Folha Online

As mídias sociais, como Twitter e Orkut, deverão crescer mais em receita que os meios de comunicação tradicionais, como a TV e o rádio, diz o pensador alemão Gerd Leonhard, considerado pelo "Wall Street Journal" como um dos mais importantes futurólogos do mundo.

Divulgação
Gerd Leonard, futurólogo alemão que vem ao Brasil falar de negócios   e mídias sociais, aposta em integração com mídia tradicional
Gerd Leonard, futurólogo alemão que vem ao Brasil falar de negócios e mídias sociais, aposta em integração de mídias

Segundo ele, as mídias sociais também alteram o molde original da publicidade: em vez de anúncios estáticos, o conteúdo de games, aplicativos e widgets dá o tema para as propagandas bem-sucedidas.

Autor de "Friction is Fiction: The Future of Content, Media & Business" (2009), "Music 2.0" (2008), "The End of Control" (2008) e "The Future of Music" (2005), Leonhard está hoje em São Paulo, onde participa de uma conferência para convidados. Ele também será entrevistado pelo programa "Roda Viva", da TV Cultura.

Na semana passada, Leonhard, 49, deu entrevista por e-mail à Folha Online, e falou sobre mídia, internet, consumo, pirataria e direitos autorais. Confira a entrevista na íntegra.

*

Folha Online - Qual é o papel das mídias sociais (como o Twitter e o Facebook) hoje?

Gerd Leonhard - Twitter, Facebook e Google Buzz são um pouco como redes sociais de notícias. São mais descentralizados e fazem uma companhia perfeita para a mídia tradicional. A TV e o rádio têm largo alcance, mas eles deverão ter que lidar com uma fragmentação completa da sua audiência, e eles realmente terão que abraçar a mídia social (e a troca de ideias que ocorre ali) ou deixarão de ser importantes, cedo ou tarde.

Todo o crescimento será na mídia social, móvel, em tempo real e de vídeo, não na TV e no rádio; meu prognóstico é um aumento em 50% na receita nesta direção. Levou muito tempo, mas quando isso acontecer (entre 18 e 24 meses) será muito maior do que qualquer coisa que nós antecipamos.

Para negócios, a mídia social é simplesmente uma gestão de relacionamento com o cliente, isto é, a maioria do marketing, das relações públicas e das operações tradicionais desse serviço vão ser substituídas pelas mídias sociais.

Marcas vão conversar com seus consumidores via Twitter, Facebook, Buzz ou Orkut. No lugar da comunicação em massa cara, regada por campanhas, a maioria das empresas vai mudar para o marketing de engajamento, atraindo pessoas com valores vigentes, e a mídia social é perfeita para esse tipo de ação!

Folha - Como as mídias sociais influenciam na mudança de conteúdo das mídias tradicionais?

Leonhard - O fato de estarmos conectados agora e de que nós podemos falar uns com os outros, compartilhar facilmente conteúdo (imagens, relatos, música, links), traz grandes mudanças para as indústrias de mídia em todo o mundo.

Esta mudança é quase tão grande quanto a mudança que aconteceu com a invenção da mídia gravada, rádio ou TV. Consumidores conectados são inerentemente diferentes, mais fragmentados, menos fáceis de agradar, mais exigentes, mais obcecados com seu próprio controle, e têm muito mais poder.

Mídias tradicionais devem perceber que este poder está se deslocando para os usuários --antes conhecidos como consumidores-- e qualquer um que se recuse a ver este novo paradigma será considerado inútil (veja o caso das grandes gravadoras).

Dito isso, as mídias de massa vão continuar a ser importantes em conjunto com as mídias sociais --um alimenta o outro; mas os dias de "controle de audiência" estão acabados. Agora, é sobre confiança e compromisso; e sobre converter a atenção em receitas reais.

Folha - Como você enxerga a coexistência entre as mídias sociais e as mídias tradicionais no futuro?

Leonhard - Como TV e internet: convergência completa. A diferença está apenas nas nossas mentalidades: já não somos (apenas) diretores: nós somos conectores.

O futuro pertence àqueles que podem se envolver, criar poderosas histórias cross-media [marketing em todas as plataformas, on-line ou não], e jogar com a audiência.

Folha - O que muda na publicidade e no marketing com as mídias sociais?

Leonhard - Tudo, na verdade. Alguns argumentariam que nós precisamos apenas de publicidade tradicional porque não havia internet, porque não estávamos conectados --e há um pouco de verdade nisso. Consumidores conectados são relutantes a interrupções e têm valores incompatíveis com isso, e vão ignorar tudo que seja desta natureza.

É por isso que propagandas baseadas no CPM [custo por mil, forma de cálculo das mídias tradicionais] na internet nunca vão funcionar da mesma forma que nas propagandas de televisão.

Joel Silva -20.ago.09/Folha Imagem
Conexão e compartilhamento de conteúdo (imagens, relatos, música,   links) traz grandes mudanças para as indústrias de mídia
Conexão e compartilhamento de conteúdo (imagens, relatos, música, links) traz grandes mudanças para as indústrias de mídia

A publicidade deve se tornar conteúdo, a fim de ser realmente ser bem-sucedida na internet. Por exemplo, aplicativos para telefones móveis, widgets, games, etc.

Algumas vezes, chamo isso de ContVertising [neologismo que funde as palavras "conteúdo" e "publicidade", em inglês].

Esta mudança está acontecendo agora, guiada pela explosão da internet móvel, e pela mídia social e em tempo real, como Twitter e Google Buzz. A publicidade e o marketing estão sendo reinventados tanto quanto eu escrevo isso.

Folha - Desde a sua primeira obra, lançada em 2005, até então, quais foram as principais mudanças no consumo de informação (música, leitura, mídia) que você constatou? Quais as perspectivas para o futuro disso?

Leonhard - A maior mudança já não é realmente sobre informação --o que foi ótimo ter, há dez anos. Não se trata de música, livros e filmes gratuitos. Trata-se de mérito, qualidade, confiança e relevância.

Não quero apenas da gratuidade ali, quero exatamente o que eu preciso, no momento exato. Pessoas estão dispostas a pagar dinheiro real por grandes experiências, por serviços fantásticos, a entidades confiáveis.

É por isso que os condutores da indústria fonográfica estão guiando-a para os rochedos: eles ainda veem o mundo dos seus pontos de vista, e não a partir dos usuários ou dos artistas --eles se preocupam com a venda de cópias, não com as experiências.

Folha - Como você vê a questão dos direitos autorais na internet?

Leonhard - Os direitos autorais foram significativos para monetizar o conteúdo quando as palavras "direito" e "cópia" ainda eram oportunas. Agora, tudo o que fazemos on-line cria uma cópia.

Por exemplo, [simplesmente] ouvir é baixar, a leitura é cópia, de fato; e nossos "direitos" como autores devem ser revistos para permitir que o ato de copiar ainda exista na lei, mas que haja restituição de forma não-compulsória quando todo usuário conectado puder apenas clicar, copiar e colar.

O copyright era para dar certeza que autores e criadores fossem pagos, não para garantir que intermediários vendam discos de plástico, rastreassem downloads ou dispositivos.

O que nós precisamos agora é adicionar é o direito de uso no copyright, a fim de construir monetização neste acesso. É fazer dinheiro do acesso, não de cópias. Para a música, nós precisamos de uma taxa coletiva, fixa e obrigatória (não imposto!) que faça a música na internet tão legal quanto a música no rádio.

Para que fique claro, o copyright em si é um bom conceito --é preciso apenas adaptá-lo ao mundo atual em que vivemos, hoje!

Folha - Em 1º de julho de 2007, você publicou uma carta aberta à indústria fonográfica independente, citando MySpace, YouTube e Last.fm como modelos de sucesso à não-obediência aos direitos autorais. Hoje, o MySpace passa por problemas financeiros, o YouTube está se adequando às leis de direitos autorais e ao conteúdo profissional. O Last.fm cortou pessoas dos quadros e iniciou cobrança sobre conteúdos. Você ainda mantém a sua posição?

Leonhard - Bom ponto. O que todos os três têm provado é que você não pode inovar a indústria de música sem grandes esforços políticos, ou seja, se a estrutura de licenças, direitos autorais e permissão ficarem na mesma, você realmente não pode espalhar isso com consentimento.

Sherwin Crasto -18.mai.09/Reuters
"MySpace foi bem-sucedido porque eles começaram sem licença,   sem permissão de gravadoras, e apenas faziam o que os usuários   queriam"
"MySpace foi bem-sucedido porque eles começaram sem licença, sem permissão de gravadoras, e faziam o que usuários queriam"

O MySpace foi bem-sucedido porque eles começaram sem licença, sem permissão de gravadoras, e apenas faziam o que os usuários queriam: compartilhamento gratuito, reunião social em torno da música. Evidentemente, esse caminho foi condenado quando eles foram adquiridos pela News Corp/Fox, isso não podia continuar, eles tiveram que se tornar "legítimos".

O ponto é que, quando a única maneira de inovar significa que você tem que fazer algo ilegal (ou semilegal, como o Last.fm), então algo está errado com o sistema.

O sistema de licenciamento da indústria da música tem que ser completamente revisado e redefinido, para se adaptar a uma economia digital.

A música on-line precisa ser licenciada como o rádio, com licença rentável de compartilhamento, pública e simples, que permita legalidade às companhias desde o início.

Penso que o Brasil seria o lugar perfeito para começar isso --dadas as recentes propostas de uma nova lei de direitos autorais no Brasil [Marco Civil da internet]. As receitas para os criadores serão, em qualquer caso, maiores do que nunca, a partir deste tipo de licença.

Folha - Nos últimos anos, surgiram vários casos de processos de grandes gravadoras contra pessoas que baixaram músicas. Como você enxerga essa situação?

Leonhard - Qualquer um que se proponha a desconectar pessoas porque elas estão compartilhando música on-line jamais vai ser votado novamente, e qualquer provedor de internet que implemente estas ideias vai achar que perderá usuários mais rapidamente do que a Kodak perdeu pessoas que compram rolos de filme analógico.

Há muita conversa em torno do conceito 3 Strikes [lei francesa que corta a conexão de internautas por download ilegal] (em grande medida, para apaziguar os lobistas e seus conglomerados internacionais), mas a aplicação será uma "missão impossível": muito cara em termos de tecnologia, muito tediosa em termos das consequências sociais e culturais, e 100% inútil na geração de dinheiro para os criadores.

O único benefício será para as empresas de advocacia, e claro, para os lobistas. A única solução consiste em uma licença pública, padronizada e coletiva para as pessoas que estão, com a música, na internet você não pode ter controle total e fazer dinheiro novo ao mesmo tempo!

Folha - Dentro desse contexto, as gravadoras podem competir com a pirataria?

Leonhard - Gravadoras não competem com o gratuito: elas competem com cópias gratuitas. Tudo é possível e será vendido --se eles tiverem mais uma maneira de vender mais do que a cópia, e estiverem dispostos a dar aos usuários o que eles querem: preço baixo, altamente merecido.

Folha - Existe um modelo rentável para o mercado musical?

Leonhard - Absolutamente. Os custos on-line podem ser drasticamente reduzidos (ou seja, produção, fabricação, distribuição e marketing), portanto, os preços podem ser muito reduzidos, mais consumidores podem se interessar, e muito mais produtos e serviços podem ser os mais vendidos!

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u697950.shtml
Pitcures

http://artsammich.blogspot.com/search/label/Creatures