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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A revolução pelo Design

Segundo Marty Neumeier, consultor e autor dos livros The Brand Gap, Zag e The Designful Company, o designer é o profissional que possui as características necessárias para revolucionar a forma como o modelo do pensamento atual se estabeleceu, saindo da lógica da Planilha Eletrônica e da Linha de Montagem para uma visão holística, capaz de perceber o mundo de forma não-linear.

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No livro The Designful Company, Neumeier afirma que, “se é a Inovação que origina a Diferenciação, é o Design que origina a Inovação”. Ele parte então para uma definição de design que ultrapassa os limites da forma e da estética, dizendo que até hoje, “a disciplina do Design tem sido relegada a um papel coadjuvante, confundida com um Salão de Beleza para identidades visuais e comunicação, ou como última etapa do processo de lançamento de um produto”.

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Neumeier indica que o Design não é mais confundido com parafernália tecnológica como o iPod, o Nintendo Wii ou um carro Elétrico. O Design agora passa a conduzir inovação também em Processos, Sistemas e Organizações. O Design gera inovação; a Inovação reforça a Marca; a Marca constrói Fidelidade e a Fidelidade sustenta os Lucros.

Empresas genuinamente inovadoras são preferidas pelos consumidores. No livro, Neumeier usa como exemplo Steve Ballmer, CEO da Microsoft, que ficou famoso por um vídeo no qual ele fala sobre a Microsoft e grita “I Love this Company!”.

No caso da Apple, são os consumidores que gritam a frase. Isso explica porque a Apple está no topo da lista de marcas mais valiosas do mundo, bem à frente da Microsoft. A Apple usa o design como a semente de todos os seus projetos. Não são os produtos que “têm” design. É o design que resulta em novos produtos.

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Neumeier segue citando Roger Martin, reitor da Rotman School of Management, da Universidade de Toronto, Canadá, que afirma que “para criar relevância, as empresas vão ter que fazer mais do que contratar designers. Elas terão que SER designers. Precisarão pensar como designers, sentir como designers e agir como designers.”

Os designers possuem uma capacidade inigualável de promover mudanças. O dia-a-dia de nossa profissão pode ser descrito como uma ininterrupta busca pela melhoria de uma dada situação. E não são somente os designers que agem desta maneira. Nós somos munidos de um ferramental para tangibilizar estas mudanças de forma mais visível.

Mas qualquer outro profissional pode ter uma abordagem “de design” em suas tarefas, até mesmo um médico. A séria House, do Universal Channel, retrata um médico que utiliza abordagens altamente inovadoras e não lógicas na busca pela resposta para os casos mais complicados da medicina.

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Segundo Marty, os designers, no entanto, possuem algumas características muito favoráveis ao modo holístico de pensar do design: A empatia, a intuição, a imaginação e a ideologia. Essas são algumas das características que os diferenciam daqueles que utilizam o lado esquerdo do cérebro na elaboração de suas estratégias. Ao mesmo tempo, essas características os tornam seres estranhos ao mundo corporativo atual, ainda engajado na visão Tayloriana da Administração.

Muito em breve os executivos tradicionais perceberão que nosso Idealismo, que nos impele a sempre buscar melhorar o que está errado e oferecer o que está faltando, poderá ser usado como planta baixa para gerar novas alternativas de serviços e produtos.

Nossa Intuição, que nos permite resolver os problemas de forma não-linear e não-lógica, será considerada uma virtude e não um capricho. E, então, seremos promovidos de meros esteticistas a verdadeiros agentes da revolução do modo de pensar atual.

Livros de Marty Neumeier

The Designful Company – How to build a culture of nonstop innovation

Marty Neumeier

Editoras: New Riders e AIGA

Não foi lançado no Brasil ainda

http://forum.imasters.uol.com.br/index.php?/topic/406498-a-revolucao-pelo-design/

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Liderar ou gerenciar as mudanças?

Liderar ou gerenciar as mudanças?

A mudança só acontece através das pessoas. E a história mostra que resistir à mudança é quase sempre uma estratégia perdedora. A estratégia vencedora é você se adaptar e se tornar proativo, tentando influenciar o curso da mudança a fim de obter vantagens sobre ela. Foi o que fez a norte-americana Procter & Gamble em 2000, ao verificar que o lucro caíra de US$ 3,8 bilhões para US$ 3,5 bilhões, descobriu que era preciso se reinventar. A mudança foi comandada pelo executivo norte-americano Alan Lafley. E o que ele fez?

Começou descomplicando a administração, que era tida como burocrática. Buscou, também, novos mercados, como o de baixa renda, reduziu o número de categoria de produtos e se concentrou em mercados rentáveis, além de pesquisar a preferência dos consumidores. A aproximação com o consumidor foi feita através de técnicas próprias que permitissem que se criasse uma linha direta com o usuário final. Ao ser questionado, em uma entrevista concedida para a revista Focus Online, sobre como fazer com que as novas mudanças de direção não produzam um forte sentido de insegurança entre os funcionários, Alan Lafley, presidente da Procter & Gamble, reconheceu que precisou garantir, a todos, que o propósito de melhorar a vida cotidiana dos consumidores que atendiam, com produtos de marca, com qualidade e valor superiores, não mudaria, assim como os valores: integridade e confiança, propriedade e liderança e paixão pela vitória. Todos sabiam que o propósito, os valores, os princípios, o coração e a alma da companhia permaneceriam intactos. Mas também sabiam que deveriam estar preparados para mudar todo o resto, se a mudança fosse fazê-los mais bem-sucedidos.

Ele contou que alguns líderes não conseguiam mudar. Então foram mudados de lugar. Em alguns casos, eles pediram demissão ou se aposentaram mais cedo, enquanto outros saíram para trabalhar em outras empresas. De modo silencioso, mudaram mais da metade da equipe de liderança. “Quando se trata de qualidades e experiência pessoal, sou um grande defensor de uma mistura de QI e inteligência emocional. A inteligência emocional é extremamente importante em negócios que dependem muito das pessoas”.

Em 2004, o lucro da empresa saltou para US$ 6,4 bilhões. Em 2007, a companhia registrou lucro líquido de US$ 10,34 bilhões, 19% a mais que em 2006, e receitas de US$ 76,47 bilhões, 12% maiores que as do ano fiscal anterior. No início de 2005, a empresa comprou a Gilette, uma das maiores fabricantes mundiais de aparelhos de barbear, também dona das marcas Oral-B e das pilhas Duracell, por US$ 54 bilhões. A operação é tida como o passo mais ousado em todos os 170 anos de história da organização.

A diferença de gerenciar e de liderar a mudança
Segundo John Kotter, professor de Liderança da Harvard Business School, gerenciar a mudança é, basicamente, mantê-la sob controle. Em outras palavras, assegurar-se de que as coisas sejam feitas dentro de determinados prazos, que se cumpram certos compromissos e promessas e evitar que o caos seja tão grande a ponto de se tornar incontrolável.

Já liderar a mudança consiste em impulsionar o processo de transformação por meio de algum tipo de resultado interno que todos compreendam. Também significa fazer todo o esforço possível para que a mudança ocorra e seja eficaz. A maioria das grandes mudanças é produto de 80% de liderança e 20% de gerenciamento. O autor afirma que o problema principal não é manter a mudança sob controle, mas sim impulsioná-la, de tal forma que quebre as resistências e derrube todas as barreiras que impeçam a adaptação da empresa à nova realidade. E como resolver situações de conflito provocados por resistência a mudanças?
- Invista grande parte do seu tempo conversando com as pessoas sobre a necessidade de mudar.
- Explique o que precisa ser modificado para que entendam a sua participação em todo o processo de mudanças e o que terão de fazer para conservar seus empregos.
- Enfatize que a idade cronológica e o tempo de empresa não têm relação direta com as mudanças.
- Mostre que o crescimento pessoal e profissional e a sobrevivência estão diretamente relacionados à capacidade do indivíduo de se adaptar ao novo e de, principalmente, ser um agente de mudanças.
- Entenda que mudar pode ser fascinante e pode trazer muito mais oportunidades do que você imagina. Mas, você só poderá descobrir isso, se experimentar!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O incrível poder das mudanças lentas

O incrível poder das mudanças lentas

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Seth Godin postou um texto hoje pela manhã que me tem feito refletir bastante. Por isso mesmo, resolvi comentar aqui.

Ele começa dizendo que a maioria dos sistemas existentes (organizações, cidades, carreiras, governos) consegue se recuperar de choques externos. Aliás, se não fosse assim, não estariam aqui. Terremotos, decretos, e emergências vem e vão, mas o sistema permanece. O problema, segundo e, é que, ainda assim, é nas emergências que prestamos atenção.

Pra ilustrar o raciocínio, ele conta que:

• Nenhum evento específico derrubou a indústria da música. Foi uma série de pequenas mudanças ao longo de 2 décadas, antes mesmo do CD.
• O cigarro matou muito mais gente ao longo dos anos do que todos os terroristas juntos. E não é um assunto tão dramático quanto o terror.
• Nenhuma única tecnologia destruiu o modelo de negócio dos jornais. A escrita está em perigo por mais de uma década.
• Sua carreira não vai ser construída ou detonada por uma simples entrevista, uma reunião ou uma ligação telefônica.

O que ele quer dizer é que o impacto repentino de um só evento não é suficiente pra mudar tudo para sempre.

As mudanças culturais, destaca, criam transformações evolucionárias de longo prazo. São as modificações graduais na cultura, hábitos, tecnologias, que lentamente tornam um produto ou sistema obsoleto são as que mudam nossas vidas.

A dica dele é a seguinte:

Preste atenção às mudanças nos sistemas, processos e expectativas. É isso que causa transformações. Não são os grandes eventos.

Ou seja, não se preocupe com o que aconteceu ontem – ou 5 minutos atrás. Segundo o Seth, vale a pena focar no que aconteceu há 10 anos e pensar no que você pode fazer para causar um grande impacto em 6 meses. O modelo mental das novidades pode estar distraindo você do que realmente importa, alerta.

E faz todo sentido...