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sábado, 11 de dezembro de 2010

Não basta ser designer, é preciso ter pensamento e eficiência

Não basta ser designer, é preciso ter pensamento e eficiência

No futuro, a competição entre as empresas será definida pelo melhor design e, por isso, o profissional precisará ter Design Thinking e gerenciamento. A afirmação foi feita pelo presidente e membro da diretoria do DMI (Design Management Institute),Thomas Lockwood, durante a palestra "Design Thinking: integrating innovation, customer experience and brand value", no segundo dia da HSM ExpoManagement 2010.
Lockwood falou sobre a importância do pensamento de design, ou Design Thinking, em marcas e produtos comerciais. A essência deste modelo de gestão, segundo o especialista, está na descoberta dos reais problemas das pessoas. “É preciso descobrir o ponto do processo de inovação e as necessidades que não são percebidas”, disse. 
Ele citou como exemplo o desenvolvimento de um novo modelo de esfregão, pela Procter & Gamble. “Os designers e artistas gráficos foram perguntar quais eram as dificuldades. E descobriram que as consumidoras gastavam mais tempo limpando o esfregão do que o chão”, afirmou. 
Para o presidente do DMI, o designer deve ir a campo, falar com os usuários e descobrir o que eles sentem ao usar os produtos e quais são seus problemas. Com isso, criam mapas, protótipos e ideias que podem ser testadas pelos usuários ao longo do processo. Lockwood citou a Samsung, a Apple e a Audi como algumas das empresas que usam o design como diferenciador no mercado. “Os profissionais de negócios estão se perguntando: como fazer isso?”, disse. 
Para Lockwood, há cinco perfis de pensamento de design:
  • Empatia
  • Pensamento integrado
  • Otimismo
  • Experimentação 
  • Colaboração
O presidente do DMI afirmou que o designer precisa expandir sua capacidade de gerenciamento para se tornar um grande profissional. E o caminho inverso deve ser seguido por profissionais de negócios, que utilizam cada vez mais a intuição para fazer escolhas sérias. 
Para ele, depois do pensamento de design, que é voltado para a busca de problemas reais que levem à melhoria contínua e à criação de produtos, o próximo passo é o gerenciamento. “Ambos são complementares. Enquanto o pensamento de design é a fase de aventura, quando não se sabe o que vai descobrir, o gerenciamento busca a melhoria da eficiência e a efetividade. Temos que ter o gerenciamento de design mesmo que não sejamos gerentes”, ressaltou Lockwood. 
Para ele, o design será medido pelo pensamento e pela inovação no alcance de metas competitivas e que gerem resultados. “A Heineken criou uma garrafa de alumínio e aumentou as vendas na França. A BMW lançou o Mini, que tem os mesmos custos operacionais de um carro pequeno, mas é mais caro pelo valor emocional”, exemplificou.

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