Três elementos essenciais para inovar na gestão
Para Gary Hamel, a criação de novos modelos de gestão pode partir da descentralização, experimentação e fugir da lógica da hierarquia sem cair no caos. Pense nisso no próximo ano!
Em um cenário onde as mudanças aceleradas das empresas, da economia e da concorrência são cada vez mais latentes, a inovação passa a ser a palavra de ordem para manter a competitividade e o sucesso.
Mas quando se coloca inovação, deve-se ler inovação em todos os âmbitos: tecnológica, social, institucional e até mesmo a de gestão. Esta última modalidade tem sido objeto de estudo do estrategista Gary Hamel, em seu laboratório de inovação em gestão na London Business School, em Londres.
Mas quando se coloca inovação, deve-se ler inovação em todos os âmbitos: tecnológica, social, institucional e até mesmo a de gestão. Esta última modalidade tem sido objeto de estudo do estrategista Gary Hamel, em seu laboratório de inovação em gestão na London Business School, em Londres.
Em entrevista a HSM Management, Hamel defende a reinvenção da gestão para que as organizações tenham vantagens construídas não somente em eficiência operacional. “Os dados que coletamos em pesquisas nos permitem deduzir que as inovações na gestão - os avanços fundamentais em nossa maneira de motivar, organizar, planejar, delegar e avaliar produzem vantagens mais duradouras”, conta.
Com elementos essenciais para construir novos modelos de gestão, o estudioso enumera:
Com elementos essenciais para construir novos modelos de gestão, o estudioso enumera:
1. Liberdade
De acordo com Hamel, os sistemas que têm demonstrado ser adaptáveis ao longo de décadas e séculos – os biológicos, as democracias, os mercados, as cidades –, são mais autônomos. A título de exemplo, o autor cita o Bank of New Zealand. Trata-se de uma pequena entidade, com 189 sucursais, que permite aos gerentes de cada unidade fixar o próprio horário de abertura. “A questão reside em como oferecer às pessoas mais liberdade sem cair no caos”, sinaliza.
De acordo com Hamel, os sistemas que têm demonstrado ser adaptáveis ao longo de décadas e séculos – os biológicos, as democracias, os mercados, as cidades –, são mais autônomos. A título de exemplo, o autor cita o Bank of New Zealand. Trata-se de uma pequena entidade, com 189 sucursais, que permite aos gerentes de cada unidade fixar o próprio horário de abertura. “A questão reside em como oferecer às pessoas mais liberdade sem cair no caos”, sinaliza.
2. Variedade
O modelo de negócio baseado em estratégias traçadas para dez ou 20 anos não funciona. “Temos que experimentar constantemente coisas novas, de baixo custo, e ver o que funciona e o que não funciona. Em resumo, trata-se de criar mais opções e fazer mais experimentações, de um lado, e de ter menos grandes visões e menos estratégias, de outro”, pontua Hamel.
O modelo de negócio baseado em estratégias traçadas para dez ou 20 anos não funciona. “Temos que experimentar constantemente coisas novas, de baixo custo, e ver o que funciona e o que não funciona. Em resumo, trata-se de criar mais opções e fazer mais experimentações, de um lado, e de ter menos grandes visões e menos estratégias, de outro”, pontua Hamel.
3. Lógica de mercado
Hamel defende a aplicação da lógica dos mercados às organizações. “Uma das coisas que sabemos, com base nos sistemas sociais, por exemplo, é que, quanto mais concentrado estiver o poder político, menos resiliente ele será. Nos mercados, o poder se espalha, e muitas pessoas tomam decisões todos os dias sobre o que comprar ou onde investir. Nas hierarquias, uma minoria tem o monopólio de fixar a estratégia e a direção, e isso pode ser fatal em um mundo de fortes descontinuidades”, conclui.
Portal HSM
01/12/2010
Hamel defende a aplicação da lógica dos mercados às organizações. “Uma das coisas que sabemos, com base nos sistemas sociais, por exemplo, é que, quanto mais concentrado estiver o poder político, menos resiliente ele será. Nos mercados, o poder se espalha, e muitas pessoas tomam decisões todos os dias sobre o que comprar ou onde investir. Nas hierarquias, uma minoria tem o monopólio de fixar a estratégia e a direção, e isso pode ser fatal em um mundo de fortes descontinuidades”, conclui.
Portal HSM
01/12/2010
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