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sábado, 27 de fevereiro de 2010

A primeira agência open source do mundo

O termo open source - geralmente traduzido como código aberto – refere-se a um tipo de software que, em suma, tem sua distribuição gratuita, o código fonte editável e permite trabalhos derivados. Esse termo tão comum no mundo da computação, foi, recentemente, englobado ao universo das agências. Mais precisamente, tornou-se um novo modelo de negócios para o nosso mercado.

O site The ideaLists é uma agência criativa open source que existe apenas online e funciona de forma muito próxima a um site de paqueras. Criativos do mundo todo enviam suas ideias. Os clientes podem aproveitar as já existentes ou enviar briefs para serem transformados em campanhas. Somente convidados, com um portfólio de qualidade – avaliado previamente – podem fazer parte do negócio. Apenas o que é colocado em prática gera remuneração. E quem delimita o preço é o autor de cada trabalho.

O idealizador do site foi um sujeito chamado Adam Glickman, um dos criadores da revista Tokion, que também já trabalhou na agência BBH. O The Idealists já conta com bons clientes como o museu Guggenheim, a marca de roupas Diesel, o varejo virtual Incase e a ONG Kanye West Foundation.

Para que as ideias não sejam roubadas – uma preocupação natural – o site conta com diversas precauções como proteção de IP e controle dos assinantes que visitam cada página, além de permitir que os criativos disponibilizem apenas parte da ideia até que haja uma solicitação de um cliente para ver o restante. Mesmo assim,ainda há riscos. No entanto, para Glickman, se a ideia for tão valiosa que o usuário não tolere vê-la copiada, é sinal de que não deveria estar ali.

Sobre o modelo open source, ele destaca que sua iniciativa não poderia ser rotulada de crowdsourcing – que seria operar de forma totalmente aberta, sem intermédios na relação entre clientes e criativos.

A ideia, segundo ele, nasceu do seguinte racicínio. Estamos cada vez mais absorvendo as mesmas referencias e, portanto, é muito provável que mais de uma pessoa possa ter a mesma ideias ou pensar em algo parecido. Com isso, leva vantagem aquele que executa primeiro. Ao postar no site, conta, o criativo tem garantias de que foi o criador original, mesmo sem tê-la posto em prática.

Entre seus planos futuros, está a criação de plataformas específicas para determinados clientes, nas quais cada um convida quem quiser e pode desenvolver todas as suas campanhas sem precisar ter uma conta ligada a uma agência só.

‘Eu venho de uma publicação independente’, pontua Glickman, ‘com uma abordagem bem diferente’. Primeiro, você tem a ideia e vai até os anunciantes para conseguir verba para executá-la. Já as agências fazem a perspectiva oposta. Nossas intenção, conta, é encontrar uma intersecção entre essas duas linhas’.

http://www.theidealists.com/home

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