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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Especial Presença Digital - parte 4: Realidade Aumentada

Especial Presença Digital - parte 4: Realidade Aumentada

segunda-feira, 19 de julho de 2010



Realidade aumentada é uma "modinha" ou uma ação que veio para ficar na comunicação digital? Essa é uma pergunta que sempre ouço em minhas palestras sobre Presença Digital e que ainda muito me deixa na dúvida se eu realmente estou respondendo certo: na minha opinião, realidade aumentada não é modinha; é uma ferramenta de comunicação altamente interativa, diferente e que seu potencial ainda é pouco explorado no Brasil. Vamos ver aqui, nesse artigo, o porquê disso e alguns cases interessantes.

Sendo ou não uma "modinha" é ai vai muito da sua visão, amigo leitor, realidade aumentada (RA) ainda necessita de uma máquina potente para a sua visualização, tal qual era o Second Life em 2006; mas em 2010 a penetração de máquinas mais potentes e internets mais rápidas é bem maior do que em 2007 no lançamento do Second Life, que arrisco dizer que se fosse lançado hoje, seria um sucesso.

O ponto central da RA é entender que trata-se de um sobreposição de objetos visuais tridimensionais gerados por um computador em um ambiente real por meio de um dispositivo tecnológico; para a sua leitura é necessário um código (normalmente um quadrado preto em um fundo branco) para que o sistema leia a área onde será aplicada a ilustração 3D, como vocês poderão ver nos cases que mostrarei logo abaixo.

Como toda a ferramenta de web, a RA surgiu e logo se tornou uma febre. Todas as agências queriam propor ações para seus clientes, que por ver nessa ferramenta algo inovador, toparam; assim alguns cases foram sendo feitos no Brasil, como por exemplo o lançamento do Vectra GT Remix que contou com anúncio na Revista Veja para que os assinantes pudessem “brincar” de dirigir virtualmente o carro.

Outra ação interessante, foi de uma empresa de roupas (Zugara) onde a usuária escolhia uma roupa e via como essa roupa ficava em seu corpo,e claro, podia comprar o produto desejado.



Recentemente a Rossi criou uma ação em Vitória(ES) que entrará para o Livro do Recordes, o Guinness Book, como a maior campanha de realidade aumentada do mundo; são cases muito interessantes, na minha opinião.



Além desses, posso citar - o que faço sempre nas palestras - o case do Bradesco Presença, que para mim, nesse momento é o melhor case de RA alinhado a Presença Digital do mercado.

Como planner preciso sempre estar preocupado em dirigir ações voltada aos negócios dos meus clientes, então outra pergunta fica no ar para ser discutida: até onde ações de RA geram negócios para a marca e não passam de um “oba-oba” onde as pessoas apenas brincam com marcas ou produtos?

Vamos analisar os cases acima e ver se chegamos a uma resposta satisfatória.

No case do Vectra Remix, foi mais branding do que venda. O anúncio era feito na Revista Veja, uma das mais importantes e de maior venda no país, com uma foto do carro em uma pista de corrida. O usuário colocava o anúncio na frente da webcam do computador e podia dirigir o carro. Aqui podemos ver o uso de um game como interação do produto com o usuário, nesse quesito a ação é muito boa, mas nada voltado a venda direta do carro. Acredito que tenha deixado em vários homens aquele "gostinho" de fazer o test-drive, e como sabemos, 30% dos test-drives convertem em vendas dos carros.

O case da Zugara a RA foi usada com total pensamento estratégico voltado negócio do cliente. Uma loja de roupas, que vende seus produtos pela web, usando a webcam como um provador para suas clientes, que gostando da roupa poderia comprar na hora. Alinhou a praticidade da web com a experiência de produto, uniu o mundo offline no comportamento do cliente na loja ao comprar uma roupa onde as pessoas compram roupas que lhes "caem bem" ao mundo online de e-compras.

O case da Rossi, além de ganhar muita mídia espontânea, é um projeto que podemos incluir um "ok" no quesito voltado ao negócio do cliente. Pesquisas mostram que cada vez mais as pessoas usam a web como principal veículo para busca de imóveis, por isso, a Rossi usou seu site e a RA para apresentar o prédio em uma perspectiva diferente, de forma mais moderna, trazendo essa modernidade não apenas para a marca, como também para o empreendimento.

O case do Bradesco é algo a parte. Sinceramente não acredito que o banco tenha conseguido novos clientes só porque existe o aplicativo para iPhone onde o usuário pode localizar agências. Primeiro porque esse aplicativo só roda no Iphone 3Gs. Bom, temos 4 milhões de iPhones no Brasil. Desses quantos tem o 3Gc e quantos são correntistas do banco? Um número pequeno, mas o projeto vai ao encontro do conceito "Presença" que o banco adotou em sua comunicação; além claro de ser uma inovação que também gerou mídia espontânea a marca, mas nesse caso foi mais "oba-oba" do que algo voltado ao negócio como a Zugara por exemplo, entretanto há um conceito planejado por trás.

Em resumo, RA é uma novidade com milhares de formas de ser explorada, mas ainda pouco usada no Brasil. Enorme potencial, crescimento dos Smartphones no Brasil é cada dia maior, o que facilitará o impacto dessas ações junto a diversos públicos ( uma vez que além do PC há outra plataforma de impacto) e que deve ser feita pelas marcas sim, afinal, há diversas fazendo, não deixe a sua marca fora dessa, mas lembre-se, seja RA ou qualquer outra ação de Presença Digital o primeiro foco a se ter é o negócio do cliente. Não há mais espaço para tantos "oba-obas".

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