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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Opinião: Conceito para 2010 - Presença Digital

Opinião: Conceito para 2010 - Presença Digital

sexta-feira, 12 de março de 2010

Felipe Morais*

Em minhas palestras pelo Brasil, 2 slides tem chamado muita atenção. O primeiro é o slide que mostro uma infinidade de logomarcas de centenas de Redes Sociais, onde além das redes conhecidas como YouTube, Orkut, Facebook, Twitter, ainda mostro comunidades que nem todos conhecem como Hi-5, Sonico, Ning, LastFM, Renkoo, Squidoo, Shozu, Bloop, Drimio, PageFlakes, Vimeo, Tail Rank entre outras.

Cada uma das redes tem as suas particularidades, ou como gosto de chamar seu “DNA” e cabe aos profissionais de web saber como cada usuário interage com elas. Não acredito que devemos conhecer todas, afinal, só nesse slide tem mais de 300 redes, mas é necessário conhecer as principais e entender onde o seu consumidor está e como interage nessa rede, assim, entender como fazer com que esse consumidor interaja, fale e se engaje com a sua marca.

Outro slide que chama muita atenção é quando eu abordo o tema presença digital, que na minha opinião será o grande assunto de 2010, afinal, quando falo desse termo, não fico apenas no assunto redes sociais, mas sim em vários pontos de contato que o usuário ou consumidor pode ter com as marcas no ambiente digital. Presença digital é pensar além do “www”, ou seja, além do site da marca.

Quando inicio um planejamento estratégico digital, sempre tenho o foco de pensar como será a presença digital da marca que estou trabalhando, penso que o site é apenas a ponta do iceberg e que o usuário está muito além do site, Google ou Orkut, o usuário está no iPhone, no MSN, em um game, slideshare, em um blog, mapa online e até mesmo no Formspring uma rede que está começando a crescer no Brasil e acredito será uma das febres de 2010.

Na seqüência desse artigo, darei alguns exemplos de presença digital, entretanto, vou deixar de lados as mais básicas e obrigatórias como Twitter, YouTube, Blogs, Orkut e Facebook, afinal, essas são Redes obrigatórias para qualquer marca e que podemos discutir sua utilização em outros artigos.

Presença digital é um termo que a web 2.0 potencializou para as marcas e que essas, através de suas agências e dos seus profissionais de planejamento devem saber como trabalhar. Presença digital é – falando no ambiente digital – estar onde o usuário está.

Se o seu usuário é um ávido jogador de game, você deve estar em um game. Em 2010, além dos tradicionais campeonatos (paulista, brasileiro, copa do Brasil, sulamericana, libertadores e mundial) é ano de Copa do Mundo, ou seja, investir sua marca em um game de futebol pode ser uma boa estratégia, porém, é interessante buscar games onde o jogador interaja coma sua marca, como por exemplo, a Coca-cola dando mais força ao jogador virtual ou a Nike dando um chute mais potente caso o usuário opte em usar uma Nike N90. Investir em uma ferramenta de alto poder de interação apenas com um banner acredito ser um desperdício de potencial, interação e por que não, de verba.

Na minha opinião, quando falamos de presença digital, Redes Sociais são a principal ferramenta para uma presença que faça a diferença; primeiro porque há diversas – como mencionei no começo do artigo – redes com diversas finalidades, segundo, porque o brasileiro é o povo mais apaixonado do mundo por essa ferramenta. Mas entenda, que principal não é a única!

O ser humano tem a necessidade de se relacionar e hoje em dia não é estranho quando em focus groups ouvimos que “meus amigos são aqueles que estão no meu Orkut ou MSN...” Recentemente o Ibope fez uma pesquisa que comprova isso (aqui)

Presença digital é pensar nas ferramentas que o usuário está e como a marca deve estar lá também. Um outro exemplo, é o software AroundMe do iPhone, um dos mais fantásticos que tenho e uso. Gratuito, o usuário pode estar na Avenida Paulista e querer saber onde tem uma agência do Banco Real. Ele abre o software e seleciona “Bank”. O software localiza sua posição via GPS e lhe mostra as agências próximas a você em um raio de até 10km. Você seleciona a mais próxima (o sistema lhe mostra quantos metros ou quilômetros você está de cada um dos pontos) e depois clica em Maps, onde ele vai te mostrar o caminho que você pode seguir.

Agora e se o usuário quiser comer um lanche ou buscar um restaurante por kilo? Ele pode selecionar “Restaurante” e localizar o mais próximo, e uma marca de restaurantes da Av. Paulista pode fazer uma ação nesse sistema ou até mesmo de Link Patrocinado, que o iPhone já permite.

Quer ver uma ação ainda melhor pelo iPhone? Veja o que o Bradesco fez usando iPhone, Realidade aumentada, localizador, GPS, mapas, vídeos e pensando em presença digital para a sua marca no Mobile:

Esse é um grande case de presença digital na minha opinião, pois as ações foram feitas no ambiente online sem a necessidade de um site ou rede social.

Com o surgimento das câmeras digitais, o brasileiro começou a tirar foto de tudo o que via pela frente. Sem a necessidade da revelação (revela-se apenas as realmente mais importantes) e com os memory cards cada vez mais poderosos, que conseguem armazenar mais de 1 mil fotos, os programas como Flickr e Picasa ganharam força, assim como os celulares com câmeras potentes, como os da Sony com mais de 8 megapixels! Os celulares Sony se posicionam como os que tem as melhores câmeras digitais, sim, o celular deixou (há tempos) de ser um simples aparelho para fazer e receber ligações.

O brasileiro gosta de compartilhar o que ele acha interessante, talvez, para muita gente (como eu e você amigo leitor) o churrasco do final de semana do “Zezinho da Vila Maria” não seja interessante, mas para os seus 30 amigos da rua e do escritório sim, e se nessas fotos aparecer o logotipo da Nova Schin? Ou se a Nova Schin proporcionar um espaço onde o Zezinho possa colocar suas fotos e enviar gratuitamente a seus amigos? E esse conceito eu levo para vídeos e não apenas o YouTube, como também o Vimeo e o Google Vídeos por exemplo... ou até o MySpace, Orkut, Facebook... são inúmeras ferramentas onde pode-se “brincar” com fotos e vídeos; isso sem falar dos softwares gratuitos que se pode baixar em sites como grátis.com.br ou baixaki.com.br que os usuários podem fazer montagens (edição de vídeo, apresentações, softwares similares ao photoshop, redutor de olhos vermelhos).

Será que uma marca não se interessa em unir em um mesmo site todas essas ferramentas para que o usuário ao invés de acessar 4,5 lugares encontre tudo em um só e a marca “patrocine” tudo isso? Será uma experiência agradável para o usuário que com certeza será repassada – tanto a marca como esse prazer – a outras pessoas, do seu convívio. Estão ai mais alguns pontos de contato do consumidor com a web, onde marcas podem explorar. As marcas devem estar atentas para esse compartilhamento do usuário, pois ele é adepto e quer compartilhar, por isso, o mega sucesso de Orkut, Facebook, YouTube...

Os buscadores são grandes armas para que o usuário localize marcas e produtos. Pesquisas mostram que 95% dos usuários usam buscadores e desses 90% usam o Google. Isso significa que uma marca tem que estar no Google, mas não apenas no Google, afinal, outros 10% usam o Yahoo! Bing, Ask.com; com a fusão do Yahoo! E Microsoft (que tem o Bing como seu buscador) existe uma tendência de que o Google perca mercado, por isso estar na busca natural e em Links Patrocinados em outros buscadores é uma estratégia de presença digital a ser muito considerada.

Amigo leitor, o que eu quis passar com esse artigo é que a 2010 será o ano da presença digital. Não é porque o Twitter é uma febre (em 2009 o número de usuários cresceu de 550 mil para 10 milhões), porque 67% dos cadastros no Orkut são brasileiros, porque 45 milhões de pessoas usam o MSN ou porque o YouTube e o Google tem seus maiores acessos no Brasil que as marcas e agências devem ficar “míopes” apenas para esses players, devem dedicar mais esforços a eles, claro, mas não apenas a eles. Existem, como mostrei várias outras ferramentas e players para a presença digital.

Devemos entender que há consumidores – mesmo que poucos – em uma comunidade do Portal Limão ou no Sonico por exemplo; assim entender que Redes Sociais são feitas por pessoas, logo se existem 50 potenciais consumidores de uma marca no Sonico, esse número pode pular para 250 se esses 50 enviarem alguma mensagem – com o patrocínio da marca – para apenas 5 amigos, ou 500 para 10 amigos; devemos analisar que 35% dos acessos a web via celular vem do iPhone e que o iPhone é um celular que permite que as pessoas baixem softwares exclusivos e relevantes, que as pessoas usam para jogos, para acesso a web, para localizar-se – e compartilham isso com sua rede de contatos, física e virtual!

Devemos entender que o brasileiro joga – e muito – games, e não apenas a “molecada”! Existem muitos homens e mulheres na casa dos 30 a 40 anos que jogam games seja via PC, Nintendo Wii, iPhone, Nokia N95...

Entender que o usuário, quando gosta de algo, compartilha e para isso há o Digg, Delicius, Twitter; a marca pode usar o Slideshare para que o usuário baixe um manual de instruções de um produto ou mesmo o catálogo da sua loja e estimular que o usuário compartilhe esse material na rede.

Enfim, há uma grande infinidade de softwares, programas e ferramentas para que os usuários possam usar, não há necessidade das marcas estarem em todos, mesmo que de graça em muitos deles, mas há necessidade de entender onde o seu consumidor está, como interagir com ele e de que forma; na presença digital existe uma “lei” importante:

Não basta estar no mundo digital, é preciso saber como estar!

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